Scanner automotivo agora ao alcance de todos – Um levantamento do Sindirepa-SP apontou que desde a popularização da injeção eletrônica no mercado brasileiro, do final dos anos 90 até o início da década de 2010, mais de um terço das oficinas fecharam suas portas: de 172 mil em 1997, o número chegou a menos de 90 mil dez anos depois. E o motivo principal para tal fenômeno foi a falta de adaptação dos antigos profissionais às novas demandas da reparação. Não basta apenas profundos conhecimentos em mecânica: agora o profissional tem que, no mínimo, saber mexer no computador e entender um pouco de eletroeletrônica para fazer uma manutenção correta em veículos que já não são tão novos assim.
Para saber o que se passa dentro dos sensores, atuadores, redes multiplexadas e demais traquitanas que tanto põem medo em quem já estava acostumado com a boa e velha mecânica, há uma ferramenta indispensável em qualquer oficina que queira ganhar clientes, tempo de serviço e qualidade: o scanner automotivo.
O Scanner automotivo é uma ferramenta que auxilia muito no diagnóstico de falhas em veículos com sistema eletrônico e que ainda é pouco explorada pelo reparador, que geralmente sabe apenas consultar e/ou apagar falhas, quando na verdade ele é um aparelho que recebe e impulsiona, em tempo real, todos os parâmetros operacionais de injeção eletrônica do veículo, com a função de detectar eventuais falhas no sistema. Através dele podemos “conversar” com veículo graças às centrais eletrônicas e assim ter acesso a diferentes funções no carro, como direção, rede CAN, injeção, câmbio, ABS, air bag, entre outras funções.
Scanner de Injeção Eletrônica USB / Bluetooth OBD II
Com a popularização dos smartphones e o grande número de aplicativos sendo desenvolvidos para os mais devidos fins, é possível ter acesso aos dados do seu veículo diretamente na tela do seu aparelho móvel.
Por meio de um aplicativo, um decodificador portatil e um celular ou tablet, você transforma o seu aparelho móvel num computador de bordo. Com um kit deste você pode ter acesso ao “cérebro” do carro, que transfere as informações via USB ou bluetooth em tempo real. O automóvel se comunica faz tempo por meio do painel, por exemplo, quando a luz da injeção eletrônica fica acesa, quer dizer que existe um problema, um entre dezenas. Até pouco tempo era apenas o mecânico que identificava o defeito, usando um scanner automotivo para ler o sistema, a diferença é que agora você mesmo que pode saber o que está errado e nem precisa abrir o capô.
Para ter acesso às informações, o decodificador é plugado no mesmo lugar que os mecânicos conectam os scanners de fábrica, é a chamada porta OBD II (On board diagnostic ou diagnóstico de bordo), uma entrada que existe em todo o carro.
Pinos e conectores do OBD II
Os pinos conectores da OBD II, 16 no total, são os meios por qual irá acontecer a comunicação entre Scanner e Automóvel, como CAN, Multiplex, Iso 11898, K, L, ISO 9141-2, ISO 14230, SAE J1850 PWM VPW, ISO 11519-2, SAE J1708 EOBD: ISO 15031-5, ISO 15765-4, entre outros.

- Fabricante
- Bus + (positivo) da SAE J1850
- Fabricante
- Chassis Ground (GND)
- Signal Ground (GND)
- 06 – CAN High (ISO 15765-4 e SAE j2284)
- K line (ISO 9141-2 ou ISO 14230-4)
- Fabricante
- Fabricante
- Bus – (negativo) da SAE J1850
- Fabricante
- Fabricante
- Fabricante
- CAN Low (ISO 15765-4 e SAE j2284)
- L line (ISO 9141-2 ou ISO 14230-4)
- Tensão da Bateria
O padrão surgiu com a necessidade de reduzir a emissão de poluentes e teve início com os mais simples sistemas de injeção eletrônica.
Por essa porta é possível ler (pelos scanners automotivos) cerca de 5000 informações sobre mecânica, elétrica e/ou eletrônica. Os dados são emitidos pelos sensores que são captados pelos decodificadores que mandam para o celular um alerta sobre o que não está funcionando muito bem, às vezes mesmo antes que a luz do painel acenda. Alguns aparelhos prometem o diagnóstico de mais de 70 funções, entre elas:
- Temperatura da água;
- Temperatura do motor;
- Rotação do motor;
- Velocidade;
- Estado da bateria;
- Nível de combustível;
- Mistura de etanol no combustível;
- Chassi do veículo;
- Quilometragem;
- Número do chassis.
Para isso é necessário que o carro tenha compatibilidade com o protocolo OBD II, que está presente nos carros fabricados no Brasil a partir do ano de 2010 (ano em que o item de série se tornou obrigatório). Já alguns carros importados possuem a compatibilidade mesmo antes deste ano. Para saber se o veículo é compatível basta consultar a montadora.
Mas atenção, diferente do Scanner automotivo, não dá para executar nenhuma tarefa por ele, apenas ter acesso às leituras dos parâmetros e erros. Hoje não existe uma legislação que regulamente a interação com o carro, e aí cabe ao usuário decidir o que fazer com tal informação.
Conclusão
É de fundamental importância saber como anda o funcionamento do seu carro e suas funções, afinal de contas você não quer que ele te deixe não, comprometendo a sua segurança e de sua família, caso o veículo apresente algum problema. Por isso, apesar das facilidades que a tecnologia nos proporciona,
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