domingo, 12 de maio de 2019

Tenha seu próprio scanner automotivo

Se você está à procura de um bom scanner automotivo, uma das melhores opções no mercado é o Carrorama, da marca Multilaser.
Ele trabalha na obtenção de dados e os transmite para tela do celular, sem tirar sua atenção da condução do veículo.
Primeiro, você precisa conectá-lo na entrada OBD-II (On-boarding-diagnostics), que é o sistema de autodiagnostico do carro.
Ele fará a leitura da unidade de controle do motor e irá detectar qualquer comportamento estranho que ocorrer.
Mas, atenção! O Carrorama é compatível apenas com modelos de automóveis que foram produzidos a partir de 2010.
Alguns carros importados podem possuir o padrão antes desta data.
Por isso, antes de instalar o scanner automotivo, o recomendado é consultar a montadora do seu veículo para verificar se é compatível com a entrada OBD-II.

Tenha um computador de bordo

É possível instalar o aplicativo Carrorama by Multilaser em seu smartphone.
Ele está disponível nas lojas de aplicativos, como o Google Play, e funcionará como um computador de bordo.
Depois de baixa-lo, você terá que pareá-lo com seu dispositivo.
Em seguida, conseguirá visualizar informações como quilometragem e nível de combustível.
Ele gera um diagnóstico, em tempo real do seu carro, reportando sempre que houver uma falha registrada no sistema.
Você será avisado com antecedência sobre:
  1. A condição de sua bateria;
  2. nível de combustível;
  3. A temperatura do líquido de arrefecimento;
  4. Dentre outros.
São mais de 70 informações programadas no aplicativo e disponíveis para você.
Qualquer comportamento estranho relacionado ao motor e/ou à eletrônica do veículo será apontado na tela do seu smartphone.
Com isso, você poderá prevenir as falhas antes que elas aconteçam.
Os diagnósticos também ficam salvos em um histórico que poderá consultar futuramente, sem grandes mistérios.
É, literalmente, uma mão na roda!

Scanner automotivo: diagnóstico

icar sem combustível, com a bateria queimada ou ainda com o motor fervendo. Esses são alguns dos problemas que podem ser gerados ao ter um carro.
Para não ficar na mão, é possível prever tais incidentes para, então, evitá-los.
Já está disponível no mercado o scanner automotivo, que permite ter um maior controle sobre o funcionamento do seu automóvel.
om ele, é permitido fazer um diagnóstico do carro e identificar problemas que possam ocorrer. Ele é capaz de saber se os sensores do veículo estão trabalhando dentro dos parâmetros especificados pelo fabricante.
Em tempo real, o scanner automotivo recebe e impulsiona os parâmetros operacionais de injeção eletrônica para detectar eventuais falhas no sistema.

Alguns itens observados pelo scanner são:

  • Temperatura do motor;
  • Rotação do motor;
  • Tensão da bateria;
  • Nível de combustível;
  • Quilometragem;
  • Número do Chassi;
  • Mistura de Etanol;
  • Posição do acelerador.
Essas informações podem variar de um carro para outro.
O scanner trabalha no diagnóstico de automóveis, motos, vans, pick-ups, caminhões e também ônibus.
Ele consegue ainda corrigir falhas de leitura e zerar o sistema.
O scanner automotivo começou a ser utilizado nas linhas de montagem das fabricantes de veículos.
O objetivo era indicar qualquer problema no sistema de injeção.
O que, na época, poderia levar um dia inteiro – ou até mais – para ser identificado por um profissional.
Atualmente, existem diferentes modelos de scanners no mercado, com acesso a fabricantes de veículos nacionais e importados.

Motivos para fazer um diagnóstico do veículo

Já passou pela situação em que ascende uma luz no painel do seu carro, indicando um problema, e que você não sabe o que significa?
Ao fazer um diagnóstico, com o scanner automotivo, será possível ver os problemas com antecedência. Assim, será muito mais fácil resolvê-lo.
Quanto antes for identificado o incidente, menor será o dano no veículo e também o tempo para o solucionar.
Fazer o diagnóstico regular também reduz o tempo de manutenção.
Ao utilizar o scanner e identificar os problemas com antecedência, você poderá economizar tempo e dinheiro procurando o defeito no carro.
Com o scanner, você ainda saberá exatamente quais as peças que estão com defeito no veículo.
Dessa forma, seu custo será direcionado para manutenção daquela peça em específico.
Você não terá necessidade de trocar itens adicionais que estão em bom estado.
O seu bolso agradece!
Outro motivo para não deixar de fazer o diagnóstico é aumentar a vida útil do seu carro.
Se o problema for resolvido com eficiência e rapidez, é possível evitar que ele se prolifere por todo automóvel.
Ter um scanner automotivo evita que a vida útil de peças que estão em bom estado não seja prejudicada por outras já prejudicadas.

SCANNER AUTOMOTIVO

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Scanner automotivo agora ao alcance de todos – Um levantamento do Sindirepa-SP apontou que desde a popularização da injeção eletrônica no mercado brasileiro, do final dos anos 90 até o início da década de 2010, mais de um terço das oficinas fecharam suas portas: de 172 mil em 1997, o número chegou a menos de 90 mil dez anos depois. E o motivo principal para tal fenômeno foi a falta de adaptação dos antigos profissionais às novas demandas da reparação. Não basta apenas profundos conhecimentos em mecânica: agora o profissional tem que, no mínimo, saber mexer no computador e entender um pouco de eletroeletrônica para fazer uma manutenção correta em veículos que já não são tão novos assim.
Para saber o que se passa dentro dos sensores, atuadores, redes multiplexadas e demais traquitanas que tanto põem medo em quem já estava acostumado com a boa e velha mecânica, há uma ferramenta indispensável em qualquer oficina que queira ganhar clientes, tempo de serviço e qualidade: o scanner automotivo. 
O Scanner automotivo é uma ferramenta que auxilia muito no diagnóstico de falhas em veículos com sistema eletrônico e que ainda é pouco explorada pelo reparador, que geralmente sabe apenas consultar e/ou apagar falhas, quando na verdade ele é um aparelho que recebe e impulsiona, em tempo real, todos os parâmetros operacionais de injeção eletrônica do veículo, com a função de detectar eventuais falhas no sistema. Através dele podemos “conversar” com veículo graças às centrais eletrônicas e assim ter acesso a diferentes funções no carro, como direção, rede CAN, injeção, câmbio, ABS, air bag, entre outras funções.

Scanner de Injeção Eletrônica USB / Bluetooth OBD II

Com a popularização dos smartphones e o grande número de aplicativos sendo desenvolvidos para os mais devidos fins, é possível ter acesso aos dados do seu veículo diretamente na tela do seu aparelho móvel.
Por meio de um aplicativo, um decodificador portatil e um celular ou tablet, você transforma o seu aparelho móvel num computador de bordo. Com um kit deste você pode ter acesso ao “cérebro” do carro, que transfere as informações via USB ou bluetooth em tempo real. O automóvel se comunica faz tempo por meio do painel, por exemplo, quando a luz da injeção eletrônica fica acesa, quer dizer que existe um problema, um entre dezenas. Até pouco tempo era apenas o mecânico que identificava o defeito, usando um scanner automotivo para ler o sistema, a diferença é que agora você mesmo que pode saber o que está errado e nem precisa abrir o capô.
Para ter acesso às informações, o decodificador é plugado no mesmo lugar que os mecânicos  conectam os scanners de fábrica, é a chamada porta OBD II (On board diagnostic ou diagnóstico de bordo), uma entrada que existe em todo o carro.

Pinos e conectores do OBD II

Os pinos conectores da OBD II, 16 no total, são os meios por qual irá acontecer a comunicação entre Scanner e Automóvel, como CAN, Multiplex, Iso 11898, K, L, ISO 9141-2, ISO 14230, SAE J1850 PWM VPW, ISO 11519-2, SAE J1708 EOBD: ISO 15031-5, ISO 15765-4, entre outros.
obd2-conector







  1. Fabricante
  2. Bus + (positivo) da SAE J1850
  3. Fabricante
  4. Chassis Ground (GND)
  5. Signal Ground (GND)
  6. 06 – CAN High (ISO 15765-4 e SAE j2284)
  7. K line (ISO 9141-2 ou ISO 14230-4)
  8. Fabricante
  9. Fabricante
  10. Bus – (negativo) da SAE J1850
  11. Fabricante
  12. Fabricante
  13. Fabricante
  14. CAN Low (ISO 15765-4 e SAE j2284)
  15. L line (ISO 9141-2 ou ISO 14230-4)
  16. Tensão da Bateria
O padrão surgiu com a necessidade de reduzir a emissão de poluentes e teve início com os mais simples sistemas de injeção eletrônica.
Por essa porta é possível ler (pelos scanners automotivos) cerca de 5000 informações sobre mecânica, elétrica e/ou eletrônica. Os dados são emitidos pelos sensores que são captados pelos decodificadores que mandam para o celular um alerta sobre o que não está funcionando muito bem, às vezes mesmo antes que a luz do painel acenda. Alguns aparelhos prometem o diagnóstico de mais de 70 funções, entre elas:
  • Temperatura da água;
  • Temperatura do motor;
  • Rotação do motor;
  • Velocidade;
  • Estado da bateria;
  • Nível de combustível;
  • Mistura de etanol no combustível;
  • Chassi do veículo;
  • Quilometragem;
  • Número do chassis.
Para isso é necessário que o carro tenha compatibilidade com o protocolo OBD II, que está presente nos carros fabricados no Brasil a partir do ano de 2010 (ano em que o item de série se tornou obrigatório). Já alguns carros importados possuem a compatibilidade mesmo antes deste ano. Para saber se o veículo é compatível basta consultar a montadora.
Mas atenção, diferente do Scanner automotivo, não dá para executar nenhuma tarefa por ele, apenas ter acesso às leituras dos parâmetros e erros. Hoje não existe uma legislação que regulamente a interação com o carro, e aí cabe ao usuário decidir o que fazer com tal informação.

Conclusão

É de fundamental importância saber como anda o funcionamento do seu carro e suas funções, afinal de contas você não quer que ele te deixe não, comprometendo a sua segurança e de sua família, caso o veículo apresente algum problema. Por isso, apesar das facilidades que a tecnologia nos proporciona,

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Módulo eletrônico automotivo

Módulo eletrônico automotivo - rotinas de análise e testes práticos para identificar falhas

Reparador automotivo, você deseja se especializar em eletrônica embarcada e consertos de centrais eletrônicas presentes nos veículos modernos? Entenda o que é necessário para ser um reparador de módulos.

Cada vez mais o reparo em ECUs (Eletronic Control Unity) está presente no dia a dia da oficina. Embora o reparo dessas unidades de comando exija conhecimentos específicos, estabelecer uma rotina de testes para cada indício facilita muito o diagnóstico. Consideraremos um exemplo cujo sintoma do veículo é não funcionamento e falta de comunicação.  
INSPEÇÃO VISUAL DA PEÇA 
Independentemente de qual sinal apresentado, a inspeção visual da placa será sempre o primeiro item da lista. Nessa análise, verifique a presença de água ou óleo no circuito, componentes visivelmente queimados, trilhas rompidas, soldas frias e até mesmo reparos anteriores. A presença de qualquer um desses itens indicará a possível causa do problema. 
TESTES DE CONTINUIDADE  
Quando não for encontrado nada visivelmente danificado, é preciso iniciar testes direto nos componentes. Com o uso de um multímetro na escala de “Diodos” ou “Continuidade”, verifique se existe o “bip” em componentes que não devem permitir continuidade, como capacitores, diodos e resistores. O “bip” contínuo em um desses componentes indicará que está queimado, afetando circuitos importantes da ECU. Porém, um valor de resistência deverá ser normal.
TESTES DE ALIMENTAÇÃO 
Se nos testes anteriores não for encontrado nenhum componente com defeito, é necessário iniciar testes mais precisos. Verifique primeiro se existe a devida alimentação chegando à ECU e sendo distribuída em toda a placa. Para isso, usando o esquema elétrico da central, localize os pinos de alimentação e aterramento.
om a central devidamente alimentada e com o auxílio de um multímetro, verifique a presença de 12V e 5V. A chegada dessas medidas nos componentes irá indicar que a ECU não apresenta o defeito devido à falta de alimentação.
TESTES EM CIRCUITOS VITAIS 
Outra possível causa para o defeito de não funcionamento do veículo pode ser a incompatibilidade do sinal de rotação, sinal que, em muitos casos, a ECU considera vital para o funcionamento do motor. Para esse teste será necessário o uso de um simulador de centrais e um osciloscópio. Verifique a entrada desse sinal na ECU e se na trilha que leva o sinal até o processador não existem componentes queimados ou trilhas rompidas.
TROCA DO ARQUIVO DE INJEÇÃO 
Com os testes anteriores é possível verificar problemas no hardware da ECU. Mas a causa do defeito pode ser no software, ou seja, no arquivo de injeção. Esse arquivo contém os parâmetros originais de funcionamento e fica armazenado em memórias que podem ser internas ao processador. Efetue a troca desse arquivo, que pode estar corrompido. Após esse procedimento, instale novamente a central no veículo para verificar o funcionamento. 
TROCA DO PROCESSADOR  
Se mesmo efetuando a troca do arquivo de injeção o defeito ainda está presente, a causa deve ser interna ao processador. Este componente 
vital tem diversas funções agregadas, uma dessas funções pode estar defeituosa. A maneira mais rápida de verificar esse possível defeito é fazer a troca do processador.
Usando como base essa sequência de testes práticos, ficará mais fácil chegar a um diagnóstico em alguma dessas etapas. Porém, esses são apenas alguns que exemplos que podem te incentivar a se especializar! Procure cursos de capacitação profissional na área da eletrônica automotiva e aprenda ainda muitos outros testes importantes! 

Alternadores e motores de partida modernos: Funcionamento e diagnósticos

fornecimento de energia

 Esquema do circuito do alternador moderno O alternador é um transformador de energia mecânica em energia elétrica. De forma bem resumida, a energia mecânica, proveniente do motor a combustão em funcionamento, entra no alternador pela sua polia de acionamento e, por meio das bobinas trifásicas do estator e da bobina do indutor (rotor), gera-se a corrente alternada que na sequência é retificada pelos diodos retificadores (Fig.1). Existem muitos artigos que descrevem o princípio de geração desta corrente alternada e como ela é transformada em corrente contínua útil para alimentar a rede de bordo de 12 Volts do veículo, por isso não entraremos em muitos detalhes. O que pretendemos nesta matéria é explicar como um alternador moderno é gerenciado (regulado) e como realizar um diagnóstico profissional de seu funcionamento
[Fig.1] Circuito simplificado de um
alternador moderno]

As características mais relevantes de um
alternador moderno são:
• Possui somente diodos retificadores de
potência;
• As correntes de pré-excitação e de excitação
da bobina do indutor são provenientes
de “B+”;
• Possui detecção de rotação do seu eixo
através da conexão “V“;
• Possui detecção de sobretensão e sua respectiva
sinalização através do borne “L”;
• Sinaliza a carga de utilização através de
“DFM”;
• Possui função de rampa de corrente]de carga após a partida do motor.
O regulador de tensão também regula a
tensão em função da temperatura. Com o alternador
frio, a tensão é superior para garantir
uma melhor carga da bateria. À quente, a tensão
se reduz ligeiramente para evitar a formação
de gases na bateria.
O sinal “V” serve para detectar o regime
de rotação de marcha lenta do motor ou um
regime que exceda consideravelmente o regime
de partida. A comutação da pré-excitação
da bobina para a excitação completa depende
do sinal “V”. A função de rampa de corrente de
carga se inicia quando se detecta a rotação de
marcha lenta, o que explicaremos adiante.
Fornecimento de energia em veículos sem
gestão de carga
Nos veículos modernos sem gestão de carga,
as correntes de pré-excitação e excitação do
alternador fluem através de “B+”. No entanto,
o regulador de tensão energiza a bobina do indutor
(rotor) do alternador em função do sinal
proveniente de “L”, como explicaremos adiante.
A gestão do LED de aviso da carga da bateria
é realizada pela unidade de controle do
instrumento combinado J285, em função da
resposta do sinal proveniente de “L” (Fig.2).


Fornecimento de energia em veículos com gestão de carga Nos veículos modernos com gestão de carga, esta é realizada pela unidade de controle da rede de bordo J519 que possui uma conexão direta com a bateria do veículo. Por esta conexão é monitorada a tensão da bateria e, caso esta fique abaixo de um valor limite, a unidade de controle da rede de bordo toma a providência de desconectar ou solicitar a desconexão de consumidores elétricos de alto consumo de corrente, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio do balanço energético da rede de bordo (Fig.3)
Com a gestão de carga, a corrente consumida pela rede de bordo do veículo será menor ou no máximo igual a gerada pelo alternador para evitar que a bateria se descarregue. Contudo, a gestão de carga não pode desconectar alguns consumidores, por exemplo, os de relevância para a segurança dos ocupantes. A gestão de carga intervém, depois de um tempo de retardo para ignorar picos iniciais de corrente dos consumidores, a partir de uma tensão da bateria menor que 12,7 V com o motor em funcionamento. Os bornes pelos quais a J519 capta a tensão diretamente da bateria são chamados de “30 Ref” e “31 Ref”. Esta tensão pode ser visualizada nos blocos de valores de medição da J519. Quando a tensão da bateria é inferior a 12,7 V, não está garantida a carga da bateria e uma série de providências são tomadas: • Aumento do regime de rotação de marcha lenta para gerar uma tensão de carga maior do alternador; • Redução da potência dos consumidores ou, inclusive, a sua desconexão. Existe uma hierarquia a ser respeitada na sequência de desconexão destes consumidores que geralmente se inicia nos de menor percepção para o condutor (por exemplo: o aquecimento dos espelhos re trovisores) até os de maior percepção por exemplo do ar condicionado.

domingo, 5 de maio de 2019

Como funciona a injeção eletrônica?

Antigamente o carburador era o cara responsável por enviar a quantidade adequada de ar e combustível para os cilindros. Felizmente, hoje esse trabalho é todo feito por um sistema eletrônico chamado “Unidade de Controle do Motor” e graças a ela não precisamos mais regular carburadores, soprar giclês, controlar afogadores ou lixar platinados. E não tem problema se você não sabe o que significa tudo isso. O que interessa neste post é o que veio depois disso: a injeção eletrônica de combustível.

Se o coração do carro é o seu motor, o cérebro é a Unidade de Controle do Motor (ECU), também conhecida de modo informal como “módulo de injeção” e vários outros nomes com termos parecidos. A ECU otimiza o desempenho do motor usando sensores para controlar certas variáveis em um motor. A ECU de um carro é responsável basicamente por quatro tarefas. A primeira delas é controlar a mistura ar-combustível. A segunda é controlar a marcha lenta, a terceira é controlar o tempo de ignição e a última, em alguns casos, ela controla o comando de válvulas. Os carros dotados de sistemas mais complexos como controle de tração e estabilidade também têm essas funções incorporadas à ECU ou controladas por ela através de unidades de controle separadas (os tais “módulo de ABS”, “módulo de ESP” etc).
Antes de falar sobre como a ECU realiza essas tarefas, vamos seguir o caminho que o combustível percorre dentro do carro. Ao entrar no tanque o combustível é sugado por uma bomba elétrica. Esta bomba geralmente está integrada a um módulo dentro do tanque, junto ao um filtro e a uma unidade de envio. Esta unidade de envio usa um divisor de voltagem (tensão) para dizer ao marcador de combustível do seu painel quanto combustível há no tanque. A bomba envia o combustível através de um filtro, depois pelas mangueiras e até a flauta de combustível, lá no motor.
Um regulador de pressão a vácuo garante que a pressão do combustível no fim da flauta seja sempre adequado à demanda da admissão. Para um motor a gasolina, essa pressão fica em torno de 35 a 50 psi. Os injetores são conectados a esta flauta, mas suas válvulas permanecem fechadas até que a ECU decida o momento de injetar combustível nos cilindros
Normalmente os injetores têm dois pinos. Um pino é conectado à bateria através do relê de ignição, e o outro pino vai para a ECU. A ECU envia um pulso aterrado ao injetor, que fecha o circuito, fornecendo corrente ao solenoide do injetor. O magneto no topo do injetor é atraído pelo campo magnético do solenoide, abrindo a válvula. Como o combustível está pressurizado na flauta, a abertura da válvula libera o combustível em alta velocidade através da ponta do injetor, formando um leque de spray. A duração da abertura da válvula (“abertura do bico”, em termos informais) e, consequentemente, a quantidade de combustível injetado no cilindro depende da duração do pulso, ou seja, de quanto tempo a ECU envia o sinal ao injetor.

Controlando a mistura de combustível

Já vimos como funciona o acelerador eletrônico. Mostramos que, quando o motorista pisa no pedal, o sensor de posição do pedal de acelerador envia um sinal à ECU, que faz a borboleta abrir. A ECU cruza as informações do sensor de posição da borboleta e do sensor de posição do acelerador até que a borboleta alcance a posição desejada pelo motorista. Mas o que acontece a seguir?
Um sensor de massa de ar (MAF) ou sensor de pressão no coletor (MAP) determina quanto ar está passando pelo corpo de borboleta e envia a informação à ECU. Ela usa essa informação para definir quanto combustível injetar nos cilindros para manter a relação estequiométrica ideal da mistura ar-combustível. O computador usa continuamente as informações do sensor de posição da borboleta (Throttle Position Sensor, ou TPS) e do MAP/MAF para verificar quanto ar está fluindo pelo coletor para ajustar o pulso enviado aos injetores, garantindo que a quantidade correta de combustível seja misturada ao ar admitido.
Além disso, a ECU usa sensores de oxigênio para verificar quanto desse gás há no escape. O oxigênio contido no escape indica a qualidade da queima do combustível. Comparando os dados dos sensores de ar e de O2, o computador ajusta o pulso enviado aos injetores.
Essa precisão do controle da mistura permite que a ECU mantenha a razão estequiométrica sempre adequada em diferentes condições de altitude, umidade e temperatura do ar.

Controlando a marcha lenta


Vamos falar sobre a marcha lenta. A maioria dos antigos sistemas de injeção eletrônica usavam uma válvula de controle de ar baseada em solenoides para variar o fluxo de ar admitido em marcha lenta (o pequeno conector branco da imagem acima). Controlado pela ECU, essa válvula contornava a borboleta e permitia que o computador proporcionasse uma lenta lisa enquanto o acelerador não era pressionado. A válvula de ar é semelhante ao injetor no sentido de permitir o fluxo de um fluido por um pino ativado por solenoide.
A maioria dos carros novos não tem essa válvula. Nos carros que usam acelerador por cabos, o ar que entra no motor precisa contornar a borboleta. Hoje isso não é mais necessário, já que os sistemas de acelerador eletrônico permitem que a ECU mova a borboleta por meio de um motor de passo.
A ECU monitora a velocidade rotacional do motor por meio de um sensor de posição do virabrequim, que é geralmente um sensor óptico ou de efeito Hall que lê a velocidade rotacional do virabrequim, do volante do motor ou da polia/corrente do virabrequim. A ECU envia combustível ao motor baseada na velocidade de rotação do virabrequim, que é diretamente relacionada à carga do motor. Digamos que você ligue seu ar-condicionado ou coloque uma marcha mais baixa. A velocidade do virabrequim irá diminuir em relação à velocidade de referência anterior usada pela ECU. O sensor de posição do virabrequim irá comunicar esta redução de velocidade à ECU, que por sua vez abrirá mais a borboleta e enviará pulsos mais longos aos injetores para compensar a carga do motor. Esta é a beleza do controle de feedback.
Por que seu motor gira mais alto logo após a partida? Quando você liga o motor a ECU verifica a temperatura do motor por meio o sensor do líquido de arrefecimento. Se ele notar que o motor está frio, ele ajusta uma lenta mais alta para esquentar o motor, algo que você fazia com o afogador em um carro carburado.

Controlando o ponto de ignição

Já que mencionamos as demais tarefas da ECU, vamos falar do ponto de ignição. Para obter uma operação otimizada, a vela precisa receber corrente elétrica em momentos muito precisos, que varia entre 10 a 40 graus do virabrequim antes do ponto morto superior, dependendo da velocidade do motor. O momento exato da ignição da vela em relação à posição do pistão é otimizada para facilitar o desenvolvimento da compressão máxima. Isso permite que o motor recupere o máximo possível da energia da explosão em forma de trabalho.
Motores mais antigos (feitos até meados da década passada) usavam distribuidores para controlar a centelha. O diagrama acima ilustra o sistema, que consiste de um rotor e uma tampa distribuidora. O rotor é conectado eletricamente à bobina de ignição, que é basicamente um transformador que recebe 12 Volts e entrega os mais de 10.000 Volts necessários para gerar a centelha na vela. Este rotor está conectado mecanicamente ao virabrequim/volante por uma engrenagem. À medida que ele gira, o rotor gira junto e passa pelos contatos de cobre (um para cada cilindro). A transmissão da eletricidade da bobina “salta” entre os contatos de cobre tocados pelo rotor, enviando a energia a cada vela por meio dos cabos de vela de modo sincronizado. É o que chamamos de “ponto de ignição”.
Os veículos modernos não usam uma bobina centralizada. Em vez disso, eles usam uma bobina elétrica para cada vela. A ECU determina quando disparar um transistor que energiza a vela de acordo com as variáveis de diversos sensores como o de posição do virabrequim, de fluxo de ar e de posição do acelerador.
A ECU é capaz de monitorar a posição do pistão por meio do sensor de posição do virabrequim. A ECU recebe continuamente a informação da posição do virabrequim, e a usa para otimizar o ponto de ignição. Se a ECU recebe informações do sensor de detonação (que é nada mais que um pequeno microfone) de que houve pré-detonação (a chamada “batida de pino”, causada pela ignição prematura da vela), a ECU consegue atrasar o ponto de ignição para evitar a batida.
Como se vê, a injeção eletrônica é muito mais do que um mero sistema de injeção. Ele é capaz de controlar e otimizar uma série de variáveis fundamentais para o funcionamento correto do motor, substituindo mecanismos antiquados e complexos como os carburadores e os distribuidores de ignição, muito mais propensos a falhas do que um sistema eletro-mecânico. Graças à capacidade de processamento das ECU modernas, também foi possível desenvolver sistemas auxiliares de segurança como o controle de tração e largada, o ABS e o controle de estabilidade.